O nosso sistema de governo presbiteriano significa que somos regidos pelos presbíteros. Não somos congregacionais (onde todos decidem pelo voto direto), nem episcopais (onde apenas um superior decide sobre os demais), mas somos uma igreja democrática que é representada pelos presbíteros escolhidos pela igreja local. A base do nosso governo é que o concílio é soberano.
Estes são os princípios doutrinários do nosso sistema de governo:
1) Cristo é a Cabeça da sua Igreja e a Fonte de toda a sua autoridade;
2) Todos os crentes devem estar unidos entre si e ligados diretamente a Cristo;
3) Cristo exerce a sua autoridade em sua Igreja, por meio da Palavra de Deus e do seu Espírito;
4) O próprio Cristo determinou a natureza do governo da sua Igreja;
5) Cristo dotou tanto os membros comuns como aos oficiais da sua Igreja com autoridade, sendo que os oficiais receberam adicional autoridade, como é requisito para realização dos seus respectivos deveres;
6) Cristo estabeleceu apóstolos como os seus substitutos, entretanto, eram de caráter transitório. O ofício apostólico cessou, mas a sua autoridade é preservada pelos seus escritos, isto é, o Novo Testamento;
7) Cristo providenciou para o específico exercício da autoridade por meio de representantes (os presbíteros), a quem separou para zelar da preservação da sã doutrina, fiel adoração e disciplina na Igreja.
Cremos…
Cremos que o presbiterianismo não é meramente uma parte importante do Cristianismo. A fé reformada é um conjunto de verdades que formam um sistema que modela influentemente a vida dos presbiterianos. Este conjunto de doutrinas sistematizadas são chamadas de Calvinismo. Entretanto, não podemos cair no engano de pensar que ele é um sistema doutrinário útil somente para a religião. Calvinismo é uma cosmovisão! Ou seja, toda a nossa visão de mundo é definida pela nossa convicção bíblica. Isto significa que toda a nossa interpretação de cada experiência que temos com Deus, conosco, com o próximo e tudo o que existe é resultado das nossas convicções.
Cremos na doutrina da soberania, que é o centro da convicção presbiteriana. O principal emblema teológico do presbiterianismo não é a sua eclesiologia (doutrina da Igreja), mas a sua teontologia (doutrina de Deus). Todas as demais doutrinas são diretas ou por implicação resultado deste tema unificador.
Cremos que a Palavra de Deus registrada no Antigo e no Novo Testamento, sendo escrita por autores humanos, foi inspirada por Deus (2 Tm 3:16) garantindo a sua inerrância, autoridade, suficiência e clareza. Absolutas verdades existem na mente de Deus, que através da revelação elas vêm à mente do escritor original, assim na inspiração esta revelação registra-se em Escritura: a Palavra de Deus em palavras humanas.
Cremos que a salvação do homem não decorre de nenhum tipo de boas obras que venha a realizar, nem de alguma virtude ou mérito pessoal, mas sim do favor imerecido de Deus (Rm 3:20,24, 28; Ef 2:1-10). Em decorrência da Queda, todo ser humano nasce com uma natureza totalmente corrompida, de modo que não pode vir a agradar a Deus, a não ser pela ação soberana e eficaz do Espírito Santo, o único capaz de iluminar corações em trevas e convencer o homem do pecado, da culpa, da graça e da misericórdia de Deus em Cristo Jesus (Rm 3:19,20).
Cremos que a causa da nossa salvação não depende das nossas virtudes pessoais, nem de qualquer esforço que envolva o merecimento conquistado pelas nossas virtudes. O único meio pelo qual o Espírito Santo aplica a salvação ao coração humano é a fé. Entretanto, deve ser lembrado que a fé é dom de Deus e não uma virtude humana (Rm 4:5; Ef 2:8-9; Fp 1:9)
Cremos que somente através da obra de Cristo podemos ser salvos. Não temos nenhum outro mediador pelo qual seja possível acontecer uma reconciliação com Deus, a não ser Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade (1 Tm 2:5). Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Cremos que a Sua morte expiatória na cruz satisfaz a justiça de Deus e, elimina completamente a culpa de todos aqueles que nEle crêem (Rm 3:24-25), redimindo-os dos seus pecados (Ef 1:7); e, que a Sua humilhação durante o Seu ministério foi perfeitamente justa, santa e obediente à lei de Deus. A Sua obra Lhe confere autoridade para declarar justo todos quantos o Pai Lhe deu (Jo 6:37,39,65). Toda a obra expiatória de Cristo é suficiente para a nossa salvação (Rm 8:1).
Cremos no Único Deus, que é Senhor da história e do universo, “que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1:11). A nossa convicção está em que a finalidade principal da vida humana não é somente o bem-estar, a saúde física, a prosperidade, a felicidade, ou mesmo a salvação do homem, mas, a glória de Deus, o louvor da santidade, justiça, fidelidade, poder, sabedoria, graça, bondade e de todos os Seus atributos. Deus não existe para satisfazer as necessidades do homem, embora Ele o faça por amor de Si mesmo (Ez 20:14).
Cremos na doutrina da Trindade que sustenta que Deus é uma Unidade, uma essência divina, existindo em Três Pessoas na Divindade, sendo essas Três: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Conforme o Credo Atanasiano : “Adoramos um Deus em Trindade, e Trindade em Unidade, sem confundir as Pessoas, sem separar a substância”.
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